"Quantas mais relações falhadas passam por nós, mais descrentes no amor
vamos ficar. E não é preciso vir nenhum cientista dizer-nos isso. Mas a
ciência continua a estudar o amor. E gosta. Vamos por as coisas nestes
termos: Uma relação falhada lixa-nos a vida. E lixa mesmo. E não estou a
falar metaforicamente. Por mais que gostemos de falar de amor com o
nosso tom de voz blasé de quem não precisa disso para nada, a única
coisa de que precisamos na vida é amor. Podemos ter o melhor emprego do
mundo, todo o dinheiro que queremos ou a vida que sempre sonhámos, mas
se chegamos a casa e não temos ninguém à nossa espera, nada disto faz
sentido. E o que é que acontece quando falhamos? Tal como em todas as
áreas da nossa vida, perdemos motivação, sentimo-nos perdidos e, porque
estamos a falar de sentimentos, passamos por aquela fase extremamente
ridícula em que parece que nunca, nunca, nunca, nunca, nunca mais vamos
gostar de ninguém. E começar do zero com outra pessoa parece, de
repente, o trabalho mais exaustivo de sempre. Mas tudo isto faz parte da
fase em que o amor nos lixa a vida. O que acontece é que, ao falharmos
constantemente, deixamos de acreditar na nossa capacidade de viver
relações. E depois? Depois, e porque estamos para sempre presos ao nosso
passado, tendemos a sobrevalorizar e a dar demasiada importância aos
falhanços. E por mais cliché que seja, temos simplesmente de tirar do
passado as informações que são relevantes para o presente"
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